segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Salve Jesus Cristo, o fundador do socialismo!

 

 


Paulo Solon

Reportando-me ao que Paul Samuelson denominou de “tirania das palavras” em sua Introdução à Teoria Econômica, considero a não crença de Baruch Spinoza muito semelhante à de Sócrates, e chamo isto de ateísmo. O primeiro foi banido da sinagoga. O segundo, obrigado a tomar cicuta.
Spinoza era o contrário de Sabbatai Sevi, que se autoproclamava o Messias. Spinoza compreendia que qualquer criador inteligente não conclamaria os humanos a serem sobre-humanos. Via Deus no mar, no sol, nas plantas, nos pássaros, nada além disso, o que é muito parecido com cultura de sabonete, nada a ver com religião. Ateísmo muito semelhante ao de Sócrates.
Quanto aos Protocolos dos Sábios de Sião, eles foram tão proscritos quanto os escritos de Spinoza, mas quem quiser de verdade encontra. Tenho um exemplar impresso no Brasil, e tenho outro impresso no México pela Editorial Época, S.A. Aliás, com a internet, nada mais fica proscrito.
INSPIRADOR DE MARX E ENGELS
Salve Jesus Cristo, o fundador do socialismo, que mandou o moço rico dar toda a sua fortuna para os pobres! Salve Jesus, que levava uma vida de comunista! Que rejeitou a família, dizendo que “meus irmãos são todos aqueles que me seguem”!
Salve Jesus Cristo, que inspirou o grande filósofo Marx a escrever, juntamente com Engels, o fabuloso livro “A Sagrada Família”. E tentar codificar os ensinamentos do Mestre.
O capitalismo está ruindo. Eis a razão de os “capetalistas” (royalties para o Almério Nunes) estarem furibundos e ensandecidos. Perderam o apetite de degustar caviar.
MONOTEÍSMO
E não me parece que o cristianismo seja exemplo de religião monoteísta. Arrumaram três deuses dizendo que era um só: Pai, Filho e Espírito Santo. Monoteísmo mesmo só com os muçulmanos e os judeus. Mesmo assim, basta suprimir mais um, e viram ateístas. Baruch Spinoza tentou isto, mas foi amaldiçoado com aquela fatwa, ou cherem, da sinagoga de Amsterdam.
Albert Einstein era praticamente ateu, tendo dito que aceitava o Deus de Spinoza, mas rejeitava um Deus que interferisse no mundo das pessoas. Aliás, não se sabe quantos que ainda frequentam igrejas, quantos igrejeiros, que dissimulam sua descrença, por pura conveniência. Benjamin Franklin, por exemplo, dissimulava.
Mestre Helio Fernandes já havia dito que sou um niilista. Gosto desta denominação.(Tribuna Da Imprensa )

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