O secretário de Estado do Trabalho e Economia Solidária, Julião amim está correto quando diz que o PDT se equivocou ao apoiar a candidatura do tucano Josemar Sobreiro, atual prefeito de Paço do Lumiar, em detrimento do nome do ex-deputado Domingos Dutra.
Não só pela questão de Sobreiro realizar uma gestão desastrosa em Paço – marcada pela incompetência, inércia e corrupção – que os pedetistas erram em marchar com um histórico sarneisista.
É, também, acima de tudo, um fator de lealdade.
Não precisa dizer muito sobre a história de luta de Domingos Dutra, um dos maiores combatentes dos desatinos do grupo Sarney. Em sua trajetória política, o cidadão humilde e simples de Saco das Almas sempre se manteve ao lado das oposições. Nunca titubeou às ofertas tentadoras da oligarquia e tampouco fez conchavos para obter favores do clã – inclusive na Justiça.
O mais importante, vale sublinhar, foi a fidelidade de Dutra ao longo de vários anos a Jackson Lago, maior liderança do PDT em toda história do partido no Maranhão. O primeiro chegou a ser vice do segundo quando prefeito de São Luís. Nas candidaturas ao governo, Dutra, então deputado federal, também esteve ao lado de Jackson. Quando eleito governador e depois de ser golpeado pela família Sarney, Dutra também estava lá, como bom e fiel companheiro. Saiu ao lado de Jackson do Palácio dos Leões.
Evidente, o leitor pode recordar, que os dois tiveram seus pequenos desentendimentos, normais em qualquer relação política, porém nunca deixaram de estar juntos pelos mesmos ideais progressistas e projetos de libertação do Maranhão.
Portanto, os pedetistas têm o dever moral de apoiar Dutra em Paço do Lumiar, não pela figura controversa e personalidade difícil do ‘Futi’, mas pela história marcante de batalhas, derrotas e vitórias ao lado do PDT.