quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Pais começam a ir às livrarias para driblar aumentos


 

A movimentação nos estabelecimentos ainda não é intensa, visto que muitos pais buscam trocar livros

00:00 · 28.12.2016 / atualizado às 01:31
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O fim de dezembro se aproxima e os pais já começam a se preocupar com o material escolar dos filhos. Alguns se adiantam, aproveitando que a maioria das livrarias só faz reajuste de preços em janeiro. Optam ainda por utilizar parte do dinheiro extra proporcionado pelo 13º salário para garantir a aquisição do material necessário. Apesar disso, há livrarias que registram movimentação até 60% menor neste fim de dezembro, comparado a igual período de anos anteriores. No preço à vista, em geral, há desconto.
Um dos possíveis motivos apontados para essa retração é os pais estarem buscando adquirir preferencialmente livros usados. "Os pais têm optado por irem às feiras comprar livros usados para economizar", explica Ilda Melo, coordenadora da livraria Dom Pedro. "As pessoas primeiro vão nas feiras de livros de segunda mão e só vem à livraria quando não encontram algum exemplar", complementa Danielle Jordânia, gerente da livraria Interativa. Segundo Danielle, a preferência pelos livros usados se deve ao estado de conservação que, hoje em dia, é praticamente como novo.
Outro fator que diminui o movimento dos estabelecimentos especializados é a venda de livros nas próprias escolas. "Os pais acham mais cômodo comprar nos colégios, mesmo correndo o risco de pagarem mais caro. "Nós vendemos livros com preços tabelados pelas editoras, acredito que nas outras livrarias também, mas nas escolas, não sei", afirma Danielle.
Outro fator que prejudicou as vendas foi o cenário nebuloso da economia do País. Ainda assim, a estimativa dos estabelecimentos é que haja, pelo menos, uma estabilidade no faturamento.
Reajuste
A maioria das livrarias irá praticar aumento nos preços dos livros e materiais apenas em janeiro do próximo ano, quando chegarão novas remessas de produtos já com aumento no repasse dos fornecedores. "Estamos com remessa de livros nova chegando, então deve haver reajuste, mas depende das editoras", declara a coordenadora da livraria Dom Pedro.
Na livraria Atual a majoração nos preços já está definida, valendo a partir de janeiro. "Haverá apenas a alteração normal de todos os anos", expõe Marcia Marques, gerente da loja.
Apesar do aumento, o consumidor não deve sentir tanto, pois o que irá subir é pouco, segundo Jordânia. "Se ainda tivermos mudança, é algum produto que teve o preço de repasse das fornecedoras aumentado, mas a diferença é pequena", declarou.
Em contrapartida, há outros estabelecimentos que não irão fazer reajuste. "Os preços dos produtos vão permanecer os mesmos e possivelmente não há o risco de haver reajuste, pois, se fosse acontecer, já teriam nos comunicado", garante Elenilson Medeiros, gerente da Sodine.
Descontos de até 15%
Pelo custo do material escolar ser alto, tornou-se uma prática comum "pechinchar" por preços melhores, por isso, as livrarias estão fazendo condições especiais para o período. A Livraria Dom Pedro oferece 15% de desconto em materiais e 5% em livros para quem pagar à vista.
Na Atual, o consumidor também ganha abatimentos se comprar à vista ou em parcela única no cartão. A Sodine também oferece redução no valor final da compra, mas afirma que os compradores têm até se surpreendido com o total a pagar. "O valor da conta teve uma queda considerável, até porque diminuiu bastante o número de itens que as escolas podem pedir", explica Elenilson.
Mochilas
De acordo com o empresário Denis Katsuragi, proprietário das lojas Bagaggio no Ceará, a expectativa para as vendas no período pré-escolar é positiva. "O Natal de 2016 apresentou um crescimento de 8% nas vendas em relação a dezembro do ano passado. Assim, esperamos que esse crescimento se mantenha em janeiro, período de férias e volta às aulas, dois eventos que influenciam muito em nosso faturamento", afirmou.
O empresário cita, ainda, as vantagens e possibilidades de antecipar as compras. "A vantagem de se comprar antes é garantir o personagem infantil do material, algo muito procurado pelas crianças. Fechamos ótimos contratos com grandes fornecedores, o que possibilitou uma linha completa e preços bem competitivos. Trabalhamos com parcelamento em até seis vezes, sem juros, com parcela mínima de R$ 50", informou.
Dicas
É fundamental comprar todo o material escolar necessário com antecedência. Isso evita perder tempo em filas, além de conseguir preços menores e melhores condições de pagamento.
Atenha-se aos produtos da lista e aos que a criança realmente precisa. Evite itens supérfluos. Produtos de marca são mais caros. Procure objetos mais simples, mas que agrade seu filho e tenha um bom custo-benefício.( DN )

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